Frase do dia:

"As falhas dos homens eternizam-se no bronze, a virtude dos homens escrevemos na água". (Shakespeare)

quinta-feira, 13 de março de 2008

10 Perguntas para W. Chan Kim - PARTE I

O co-autor do best-seller A Estratégia do Oceano Azul alerta que empresas bem-sucedidas tendem à acomodação, prega a inovação permanente e diz que só há um antídoto: contar com gente criativa!

O coreano W. Chan Kim tornou-se nos últimos dois anos um dos pesquisadores de estratégia mais celebrados por CEOs de grandes empresas. Carlos Ghosn, o brasileiro que comanda com mão de ferro o grupo Renault/Nissan, não cansa de citá-lo em entrevistas e conferências. Frederick Smith, presidente da FedEx, considera-o um pensador iluminado. O que motiva a admiração dos executivos é o livro A Estratégia do Oceano Azul, escrito por Kim em parceria com a americana Renée Maubourgne. Best-seller no segmento de publicações econômicas, o trabalho consiste na análise de estratégias inovadoras capazes de se transformar em sucessos comerciais. A conclusão é reveladora: empresas bem-sucedidas criam seus próprios mercados, os chamados oceanos azuis, em vez de enfrentar a concorrência em batalhas sangrentas (os oceanos vermelhos). Foi assim que corporações de ramos tão diversos quanto Starbucks, Apple, Pfizer , Samsung e até a brasileira Casas Bahia construíram sua trajetória vitoriosa. Professor da escola de administração Insead, na França, e membro do Fórum de Davos, Kim concedeu, de Paris, a seguinte entrevista a Época NEGÓCIOS.
Para ele, o sucesso é um oceano azul reservado apenas para aqueles que têm idéias originais e são capazes de lançá-las.

1. Que características uma empresa deve possuir para ser considerada verdadeiramente inovadora? Muitas pessoas associam o conceito de inovação apenas a tecnologias pioneiras e descobertas científicas. Isso é um equívoco. O fundamental é adotar estratégias de negócios diferenciadas. As empresas verdadeiramente inovadoras buscam conquistar consumidores com idéias originais, em vez de perder tempo em lutas sangrentas com a concorrência.

2. As empresas devem, portanto, esquecer a concorrência? O que afirmo, e essa é a pedra angular da estratégia do oceano azul, é que a concorrência esmagadora representa uma espécie de oceano vermelho, no qual as possibilidades são limitadíssimas. Aquelas que navegam no oceano azul não vêem os concorrentes como paradigmas. Elas criam os próprios paradigmas e desbravam espaços de mercado inexplorados.

3. Que experiência empresarial o senhor considera mais emblemática? Um bom caso é o da rede americana Starbucks. Por um bom tempo, ela tentou competir com a indústria tradicional de café. Não conseguiu. Depois, teve a grande idéia de não vender apenas o café, mas o lugar também. A rede passou a oferecer um ambiente agradável e café de primeira, o que ninguém fazia. Ou seja, criou o próprio mercado, inventou um espaço. Isso é o que eu chamo de inovação de valor.

to be continued.......

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